Um lugar para beijar (2009)

DOCUMENTÁRIO | BRASIL
SINOPSE:
"Um lugar para beijar" revela os caminhos da sexualidade masculina pela cidade de São Paulo, a diversidade do mundo gay, as travestis, os homens aparentemente heterossexuais, a ameaça das doenças sexualmente transmissíveis e o preconceito que atravessa todos esses caminhos.

Um lugar para beijar começa quase como um filme experimental, com imagens em câmera lenta e longo tempo de exposição (o que dá o efeito de movimentos arrastados e luzes que formam linhas) ao som de uma locução de um texto poético, em segunda pessoa do plural. O filme fala a partir de um "nós", mas apresenta diversas facetas de um universo. Aos poucos, o curta se transforma em um documentário padrão, com vários personagens dando depoimentos e até mesmo letreiros indicando o nome dos entrevistados e sua profissão, recurso que, aliás, provoca identificação no espectador.

Fala-se de um mundo que pode ser considerado underground -- locais escondidos e adversos que são usados para encontros gays, desde bailes e cinemas de pornografia até cemitérios -- a partir daqueles que o freqüentam e de agentes de prevenção. Os letreiros então dão nome aos personagens que não são simplesmente corpos à procura de outros corpos, mas Fulano de Tal, pedreiro, ou Ciclano de Tal, garçom. Histórias pessoais e íntimas são compartilhadas, sendo que muitas trágicas, mas nem por isso o filme cai num tom de melodrama. Os momentos tristes são contados com um sorriso no rosto ou uma expressão de resignação que se mistura com esperança, como o depoimento de um senhor que foi rejeitado pela família e perdeu o namorado em um cenário de pôr-do-sol e amplo horizonte.

Ao mesmo tempo em que ouvimos entrevistados opinando que gays são promíscuos por natureza, outros relatam sua fidelidade e carinho com seus parceiros. Enquanto uns falam de sexo ao ar livre, outros comentam que não se beijam na frente de crianças ou idosos. Um lugar para beijar procura retratar a diversidade do mundo gay, mas sem fazer contraposições pela montagem. Os exemplos citados logo acima não são aproximados por uma edição comparativa, mas apresentados com naturalidade ao longo do filme. Por fim, o curta trata da homossexualidade e suas formas de ocupar seu espaço, seja ele físico ou social.


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